No segundo painel desta sexta-feira, o Grupo de Trabalho Alimento Seguro, formado por representantes de vários órgãos e entidades, fez uma explanação sobre os métodos e as ações para controlar e estimular a redução dos índices de agrotóxicos nos hortifrutigranjeiros comercializados na Ceasa. O gerente técnico da Ceasa e coordenador do grupo, Claiton Colvello, discorreu sobre a composição do grupo e explicou a metodologia de trabalho, que se dá por meio de orientações e análises das amostras coletadas. A equipe técnica, auxiliada por servidores do laboratório NFS Bio-Ensaios, analisa o estado de frutas, legumes e verduras para saber se estão com excesso de resíduos de agrotóxicos e inviáveis para consumo.
Claiton e outros integrantes do grupo lembraram também da importância do Curso de Boas Práticas Agrícolas. As aulas, em parceria com a Emater-RS, capacitaram 2,2 mil produtores da Ceasa. A realização de seminários pelo interior do Estado também contribuiu para orientação e conscientização dos pequenos produtores rurais. A própria distribuição da cartilha da rastreabilidade tem essa função, serve de auxílio apara conectar o produtor com o futuro, garantindo a segurança para o consumidor e a expansão do mercado para aqueles que produzem. O Banco de Dados, por exemplo, é outra ferramenta utilizada para a elaboração de projetos específicos para os agricultores.
Já o engenheiro agrônomo e assistente técnico estadual de Olericultura da Emater-RS, Gervásio Paulus, afirmou que é preciso simplificar algumas ações para que o produtor possa compreender e se integrar aos esforços de todos para a implantação da rastreabilidade. “Em vez de falar em caderno do campo, falamos em folha do campo com o preenchimento de alguns dados mínimos para facilitar a vida do agricultor”, disse.
Marcos Botton, pesquisador da Embrapa, tratou de alguns mitos que se espalham via imprensa sobre os riscos causados pelo consumo de hortaliças e cobrou do Estado estrutura para dar apoio ao pequeno produtor.