— Ingresso no Mercado Livre de Energia gerou redução significativa desta despesa. De março a agosto de 2023, queda foi de 36,11%, em média. Somente em abril, gasto com fornecimento do serviço baixou 51,66 %.
A previsão é de que, em cinco anos, a migração para o Mercado Livre de Energia poderá gerar economia de R$ 10 milhões, aumento do poder de investimento e competitividade dos permissionários e redução nos preços de hortifrútis para o consumidor. Um marco histórico para a Ceasa e para aqueles que são a razão de nossa existência: os permissionários, de um lado, e os consumidores, de outro.
Pela primeira vez nas últimas quatro décadas, produtores e atacadistas estão pagando menos pelo consumo de energia, item de custo mais elevado no rateio das despesas mensais no complexo. De acordo com o gerente operacional Paulo Regla, a economia no primeiro semestre de 2023, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi de R$ 1,3 milhão. De março a agosto, a queda foi de 36,11%, em média. Em agosto de 2022, por exemplo, a conta chegou a R$ 523 mil. No mesmo mês de 2023, caiu para R$ 326,6 mil (-37,66%). A redução mais acentuada ocorreu em abril passado quando o índice negativo chegou a 51,66%.
Na avaliação do presidente Carlos Siegle de Souza, o avanço será ainda maior, com a possibilidade de investimento em novas frentes.
— Nossa missão é reduzir o custo de quem vende aqui na Ceasa para que o produto chegue mais barato na mesa das pessoas. Portanto, a redução dos custos com energia tem que estar no centro da nossa estratégia institucional. A entrada no mercado livre de energia foi um passo importante nessa direção. Para o futuro, pretendemos avançar ainda mais nessa pauta com o projeto Ceasa Verde – revelou Siegle.
Entre os permissionários, o alívio nas contas também foi comemorado.
— Há anos vínhamos conversando com a Ceasa sobre o alto custo da energia, que é uma conta altíssima para o complexo. Sugerimos energia solar, mercado livre, entre outros sistemas; fomos para o mercado livre, o que diminuiu em mais de 30% a conta de luz, favorecendo a todos — afirmou o presidente da Associação dos Produtores,
Evandro Finkler.
Para o presidente da Associação dos Atacadistas, Sergio DI Salvo, a nova modalidade aponta para a preocupação com a sustentabilidade também.
— Além de trazer maior incentivo a toda cadeia que integra a comercialização de hortifrutigranjeiros no Estado, a redução nos custos da energia elétrica contribui com o meio ambiente.