Uma vez por semana, o Banco de Alimentos distribui frutas, legumes e verduras para famílias carentes, entidades e associações comunitárias cadastradas no Prato Para Todos. Idosos cadastrados, mas com dificuldade de deslocamento, recebem os kits em casa.
O Banco de Alimentos tem sala refrigerada para armazenagem de hortifrútis. Um espaço adequado para assegurar a qualidade de frutas, legumes e verduras que são recebidas, lavadas e selecionadas para distribuição nos dias seguintes.
Hortigranjeiros considerados impróprios para consumo humano são destinados para a alimentação de animais de fazendas terapêuticas parceiras da Ceasa. Dependentes químicos recuperados por essas instituições trabalham como voluntários no Banco de Alimentos. Eles recebem, lavam e selecionam os hortifrútis que serão distribuídos para entidades e famílias carentes. Todos recebem alimentação na Ceasa. O Banco de Alimentos tem 16 fazendas e 39 voluntários.
Parceria com produtora de eventos potencializa arrecadação de itens da cesta básica para famílias carentes
Uma das ideias da atual gestão é atrair parceiros privados para esta iniciativa de cunho social. Na primeira ação de arrecadação de alimentos não perecíveis, realizada em parceria com a Opinião Produtora em julho de 2023, o Banco de Alimentos recebeu 2,2 toneladas de itens da cesta básica. A doação ocorreu por intermédio do ingresso solidário adquirido por clientes, que levaram alimentos para ganhar descontos nos shows promovidos por essa produtora no auditório Araújo Vianna, na Capital, nos dias 7 e 9 de julho. No total, 85 caixas com pacotes de arroz, feijão, massa, farinha, sal, açúcar, polenta, bolacha, óleo de cozinha e leite.
Para o presidente Carlos Siegle de Souza, a ação tem lastro para se ampliar à medida que novas produtoras se engajem nesta onda de solidariedade. É uma forma também de levar à mesa dos mais necessitados outros nutrientes.
— Esses alimentos serão um belo incremento às cotas de hortigranjeiros que serão entregues às famílias e entidades do Banco de Alimentos — comemorou o presidente.
— Distribuição de hortifrutigranjeiros excedentes doados por produtores e atacadistas para beneficiados cadastrados (creches comunitárias, instituições filantrópicas, asilos e entidades oficialmente registradas que tratem de crianças ou pessoas em vulnerabilidade social). As entidades retiram os alimentos uma vez por semana na Ceasa.
— Distribuição de alimentos no portão da Ceasa. Consiste na doação de kits com hortifrútis para a população de baixa renda. A entrega é feita às quartas, quintas e sextas-feiras pela manhã, das 10h às 11h.
— Este eixo será reestruturado para retornar em breve. No projeto original, era composto por um ônibus-escola equipado com cozinha industrial, com capacidade para 24 lugares, doado pela associação dos transportadores de passageiros de porto alegre. No veículo, uma equipe de nutricionistas do SESC oferecia oficinas de combate ao desperdício e aproveitamento de alimentos. Eram ensinadas receitas de aproveitamento integral dos alimentos, utilizando casca, folhas, talos e outras partes que normalmente são descartadas no lixo. O reaproveitamento representa uma economia de 30% a 50% no orçamento familiar.
— Mais de oito mil pessoas foram capacitadas em cerca de 300 oficinas realizadas em bairros, vilas, entidades sociais, associações comunitárias e órgãos públicos.
— O eixo de reinserção social está relacionado com as 16 comunidades terapêuticas parceiras, com pessoas que já concluíram o tratamento contra drogas e alcoolismo. São 39 voluntários que prestam serviços ao programa, como arrecadação, seleção e distribuição de alimentos às entidades. Os voluntários são acompanhados e analisados pela equipe do Banco de Alimentos em conjunto com as comunidades terapêuticas e, após avaliação, têm a possibilidade de reinserção no mercado de trabalho ou encaminhamento para o primeiro emprego.
O programa social da Ceasa foi laureado em 2004 e reconhecido novamente em 2017 pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) como um dos melhores programas de combate à miséria e reinserção social de dependentes químicos no Brasil.
Em 2019, o Prato Para Todos foi selecionado para estudo do Ministério da Cidadania. Nosso programa foi um dos cinco escolhidos entre 63 consultados na Região Sul para elaboração de um manual de boas práticas.