Silvestrin cruzou limites e fronteiras

Três décadas em ascensão

Uma grande empresa pode ser medida por valências que referendam esse adjetivo. Estrutura física, número de colaboradores ou a receita bruta anual. Mas ela também pode ser classificada pelo nível de ambição de seus criadores, e de envolvimento dos diretores e colaboradores, no cumprimento de objetivos e metas que a impulsionem para algo maior. A Silvestrin Frutras Ltda se enquadra nesta opção, com méritos que a colocam em outro patamar.

Com 30 anos de existência, e há 28 comercializando seus produtos na Ceasa, essa empresa familiar de Farroupilha, na Serra gaúcha, impressiona pelos números e também por atitudes que agregam valor à marca e aos produtos que entrega ao mercado. O sistema de rastreamento e o compromisso com a sustentabilidade a partir da criação de uma estação de tratamentos de efluentes, com descarte de resíduos conforme legislação vigente, somado ao reaproveitamento da água da chuva para lavagem dos caminhões e outras tarefas, mostram respeito ao cliente e ao meio ambiente, duas instâncias fundamentais para o sucesso de qualquer empreendimento.

Tudo nela é grandioso, e não apenas pelo resultado comercial obtido, mas, também, pela estrutura e logística montadas para satisfazer os clientes, da dona de casa às grandes redes de supermercados. São mais de 800 profissionais lotados em quatro cidades (Farroupilha, Porto Alegre, Santa Catarina e Brasília) e frota de 110 caminhões. Movimenta cerca de 65 milhões de quilos de produtos por ano, com capacidade para armazenar 17 milhões desse total.

Nasceu pequena. Quando surgiu em 1992, chamava-se Kiwi’Strin, uma referência direta à fruta que começava a ser produzida na região. Passadas três décadas, o mix de frutas frescas da empresa que mudou de nome e de status tem mais de 160 itens, variando conforme a temporada e as safras. A Silvestrin não comercializa apenas morango, mamão e banana.

Importa frutas de dez países de quatro continentes — Egito (África), Nova Zelândia (Oceania), Portugal, Itália, Espanha (Europa), Estados Unidos, Chile, Peru, Uruguai e Argentina (Américas, do Norte e do Sul), fora as que ela compra de estados brasileiros do Sudeste e Nordeste, principalmente. Segundo os gerentes que administram os cinco boxes na Ceasa, Paula Scopel Curra e Adilson Dellabetta, de cada país vem um tipo de fruta.

Do Egito, a laranja, dos Estados Unidos e da Espanha, as cerejas; peras vêm da Argentina e kiwi da Nova Zelândia — lembra Paula.

Idealizada pelos irmãos Miguel, Gervásio e João Silvestrin, a empresa tem no seu corpo diretivo Sílvio César Zilli, Daniel Silvestrin, João Paulo Lazzari e Rafael Somacal. Sete lideranças num universo de 800 colaboradores que, juntos, conquistaram reconhecimento nacional. A Silvestrin recebeu por seis vezes o Prêmio Carrinho de Ouro da Associação Gaúcha de Supermercados como melhor fornecedora de frutas, legumes e verduras no Estado, destinado aos destaques do ano no setor de autosserviço, uma das deferências mais importantes no ramo supermercadista do país. Em 2019, o troféu foi entregue pelo presidente da Ceasa, Ailton dos Santos Machado, para Sílvio César Zilli.

Parabéns!

Os gerentes Paula e Adilson; e parte do mix de produtos que conta com 160 itens, entre eles frutas importadas de dez países localizados em quatro continentes