Rastreabilidade foi tema de palestra

Sistema de controle de alimentos enfrenta obstáculos para implementação das regras
Em palestra no Encontro Nacional da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen), realizado ontem em Brasília, o presidente da Ceasa gaúcha e diretor regional Sul da Abracen, Ailton dos Santos Machado, alertou para as dificuldades econômicas e de aplicabilidade encontradas pelos pequenos produtores para a implementação da Rastreabilidade Vegetal.
A Instrução Normativa Conjunta 02/2018, elaborada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) trata da necessidade de registro de todas as informações ao longo da cadeia produtiva até o consumidor. As regras para os primeiros alimentos entraram em vigor em agosto de 2019, mas o sistema ainda é pouco adotado pelos permissionários das Ceasas do Brasil.
Segundo Ailton, são vários os motivos que dificultam o cumprimento da nova legislação, sobretudo nas áreas de tecnologia e rotulagem dos hortifrutigranjeiros — exigências que aumentarão muito o custo de produção principalmente para os pequenos produtores.
“Os representantes das Ceasas entendem que é mesmo muito difícil aplicar a norma como um todo. Produtores e comerciantes dizem pra eles que preferem parar porque a adoção da Rastreabilidade de produtos vegetais frescos e frutas vai dar trabalho e custará muito caro”, afirmou Ailton.
Após a explanação, o presidente respondeu às perguntas dos participantes.