Fabrício Ludovico Selau, 45 anos
Representante da terceira geração da família Boff na produção e venda de cenouras e beterrabas, Fabrício Ludovico Selau, 45 anos, divide o comando da Hort Boff com os irmãos Flávi e Leonardo e com o tio Dalcilo, todos sócios-proprietários. A empresa de Caxias do Sul segue colhendo os frutos plantados pelo patriarca, Ludovico Dante Boff, desde a época em que a Ceasa era uma grande feira a céu aberto no bairro Praia de Belas, em Porto Alegre.
Dos 100 hectares de lavouras em Caxias, na Serra, e em Terra de Areia, no Litoral Norte, são colhidos 2,6 milhões de quilos de cenouras e beterrabas (130 mil caixas por ano).
— A gente se especializou nestas duas culturas com variedade, qualidade e mecanização da colheita — explica Fabrício, sócio responsável pelas vendas dos legumes no módulo 17-E do GNP.
Com o auxílio de um notebook e do celular, 80% das vendas em grande escala são feitas via Whatsaap. Nas lavouras, a produção inclui o cultivo de beterraba boro e de cenouras siroco, nativa, ferracini e maestro. A Hort Boff tem 22 funcionários — 18 atuam na classificação dos legumes e quatro são carregadores na Ceasa.
Em 2014, a empresa investiu cerca de R$ 1 milhão no sistema de mecanização. A frota é composta por dez tratores, três caminhões, duas picapes e uma kombi. Fabrício, que também ocupa o cargo de vice-presidente da Associação dos Produtores da Ceasa, acredita que continuará nesta atividade por mais dez anos.
— Eu amo isso aqui, está no sangue. O agricultor tem amor pela agricultura, gosta do que faz. Quando não estou na Ceasa gosto de estar com minha família, a esposa Mary e a filha Sarah. Hoje, se tivesse que recomeçar, investiria em grãos (soja e milho), com menos mão de obra e mais maquinário – afirmou Fabrício, antes de interromper a entrevista para atender mais um dos inúmeros clientes que se deslocam até a Ceasa para comprar cenouras e beterrabas da Hort Boff.