Apesar de ainda ser um estado livre do greening, uma das doenças mais devastadoras que afeta os citros do Brasil, o Rio Grande do Sul intensifica o monitoramento e a prevenção ao vetor (psilídeo Diaphorina citri) em pomares de 43 municípios. O greening não tem cura para as plantas doentes, tornando a antecipação dessas ações medida crucial. Além do amarelecimento da planta, os frutos ficam pequenos e deformados, dizem agrônomos.
Preocupada com o tema, a Ceasa buscou orientação junto à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). Segundo o diretor técnico operacional, Cláudio Viana, o objetivo é coletar dados para prestar informações aos produtores de laranjas, bergamotas e limões que comercializam seus produtos no entreposto.
Nesta quinta-feira (19/10), Cláudio e o engenheiro agrônomo da Gerência Técnica, Léo Omar Duarte Marques, participaram de reunião com membros da Seapi. No encontro, foram discutidas estratégias de monitoramento e prevenção ao HLB/Greening e de colaboração para aumento da defesa sanitária vegetal dentro da Ceasa. Uma das ideias é realizar palestras sobre o tema para produtores que vendem citros em nossos pavilhões.
Pela Secretaria da Agricultura, participaram Ricardo Augusto Felicetti (Diretor do Departamento de Defesa Vegetal), Rita de Cássia Antochevis (Chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal), Leandro Luiz Menegon (Fiscal Estadual Agropecuário), Paulo César Coelho Olovate (Fiscal Estadual Agropecuário) e Paulo Busanello (Fiscal Estadual Agropecuário).
No Rio Grande do Sul, a Seapi está instalando armadilhas adesivas em 200 pontos de pomares localizados em 43 cidades gaúchas. O objetivo é identificar a presença do vetor em plantações comerciais e domésticas.
O greening já está presente em pomares de outros estados, como São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, e também em países vizinhos como o Uruguai e a Argentina.