Preocupada com a qualidade dos hortigranjeiros vendidos aos consumidores, a Ceasa realiza testes e análises laboratoriais que indicam se os alimentos estão bons para consumo. Um deles é o teste do grau Brix, responsável pela indicação do percentual de doçura das frutas medido pelo refratômetro.
Durante cinco dias, entre 24 de novembro e 6 de dezembro, servidores da Gerência Técnica analisaram 25 amostras de melancias de produtores de cinco municípios (Arroio dos Ratos, Triunfo, Minas do Leão, Montenegro e Portão). As frutas foram coletadas no setor de produtores que cultivam a fruta no Rio Grande do Sul.
Segundo testes da quantidade de açúcar, o grau de doçura das amostras variou de 10 graus a 12,2 graus Brix. O grau médio, entretanto, foi de 10,9. Ou seja, com teor de doçura superior ao mínimo preconizado pela União Europeia (9 graus Brix).
De acordo com o gerente técnico Claiton Colvelo com base em considerações da Embrapa, a União Europeia recomenda teor de sólidos solúveis mínimo de 9° Brix, devendo-se, entretanto, preferir valores a partir de 10° Brix, que são mais aceitos pelo mercado interno.
Para os consumidores, a notícia não poderia ser melhor. Uma das frutas mais consumidas no verão, rica em água, fibra, vitaminas e minerais, de sabor levemente doce e agradável, é ótima opção para esses dias de calor intenso.
Como funciona o refratômetro
— O instrumento mostra a leitura em graus Brix. Esse aparelho mede a quantidade de luz que refrata ao passar por uma substância. A luz desvia mais em uma substância com alto teor de açúcar.
Como é feito o teste
— O técnico pinga uma gota do suco da fruta sobre o prisma do refratômetro para que o líquido possa ser observado.
— O limite entre a parte iluminada clara e a parte escura é o ponto de leitura de conteúdo de sólidos solúveis.
— Para ser considerada boa para consumo, a fruta deve apresentar percentual Brix acima de 10 graus.