No segundo dia de oficinas do evento promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Brasília, coube ao presidente da Ceasa gaúcha, Ailton dos Santos Machado, apresentar as sugestões para modernização das Ceasas elencadas por seu grupo, o de número 2. Na terça-feira, primeiro dia do evento, foram analisadas as primeiras propostas e ações. A Conab encaminhará documento com as proposições de todos os grupos para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Responsável pelo eixo temático que tratou da Rastreabilidade, Redução de Perdas e Desperdícios, Boas Práticas Agrícolas e Embalagens, o grupo do presidente da Ceasa/RS chegou às seguintes conclusões:
Rastreabilidade:
— Estruturar ações de capacitação e orientação na origem, atuar junto aos produtores/coletores a partir da articulação com outros órgãos e entidades da cadeia: Secretaria Estadual da Saúde, Secretaria da Agricultura, Vigilância Sanitária, Emater, CREA, Embrapa, universidades, instituições federais, entre outros.
— Identificar os fornecedores subsidiados com base na nota fiscal (produtor, transportador e produto) e incentivar o associativismo para facilitar a execução do sistema (aumentar visibilidade, obter condições mais vantajosas).
Redução de Perdas e Desperdícios:
— Usar o Banco de alimentos como instrumento para reduzir as perdas na esfera da comercialização e contribuir para a segurança alimentar e redução da desigualdade.
— Promover a conscientização do consumidor no sentido de reconhecer e valorizar a rastreabilidade; divulgar informações sobre a segurança e a qualidade dos hortícolas produzidos e comercializados conforme dados oficiais. Promover campanhas voltadas para o desenvolvimento de novos hábitos pelo consumidor no ato da compra.
— Criar política pública que contemple a padronização das embalagens, substituindo a madeira pelo papelão, valendo-se da desoneração da indústria de embalagens de papelão com vistas à redução dos custos, favorecendo a rastreabilidade e o manuseio mínimo, e maior alcance dos produtos que podem ser acondicionados e transportados até as Centrais.
Boas práticas nos mercados atacadistas
— Desenvolver uma estratégia de automação de processos internos ligados à recepção, movimentação de produto.
— Implementar mecanismos sustentáveis de energia de modo a tornar as Centrais autônomas em matriz energética.
— Implementar controle de vetores e pragas no ambiente de comercialização.
— Modernizar as embalagens para comercialização
— Padronização, classificação e rotulagem atrelada à rastreabilidade.
— Gerenciamento de resíduos sólidos.
— Criar Manual de Boas Práticas de Comercialização
— Implantação de conceito e de selo de garantia de qualidade.
Embalagens
— Implementar banco de caixas, descentralizado ou não.
— Criar legislação convergente e exequível, com mecanismos concretos de implementação e fiscalização contemplando iniciativas relativas à padronização/rastreabilidade, com materiais paletizáveis e higienizáveis, se retornáveis, e descartáveis, quando de único uso.
— Promover automação no manuseio e movimentação: pallets, empilhadeiras convergindo assim com a proposição de manuseio mínimo.