A voz baixa e o riso fácil são características desta produtora de legumes e frutas da Colônia Japonesa de Ivoti, cidade das flores na Região Metropolitana. Na Ceasa há quatro décadas, Marlene Masumi Watanabe Hayashi, 60 anos, segue firme e forte na atividade que aprendeu a gostar ao lado do marido, Toshiro Hayashi, falecido em 2005. Com a morte do produtor, Marlene assumiu os negócios junto com os filhos.
Todas as terças e quintas-feiras é vista por aqui vendendo seus produtos e fazendo novas amizades. Chega à “Pedra”, como é conhecido o GNP, trazendo legumes cuidadosamente embalados em bandejas pequenas, detalhe que agrega valor aos produtos e explica o sucesso nas vendas. Enquanto era ouvida para este mini perfil, clientes paravam para lhe perguntar o preço dos tomates cerejas. A resposta era sempre a mesma: “Já foram vendidos”.
Se pudesse escolher, Marlene ficava na lavoura de cinco hectares que a família mantém em Ivoti, mas como precisa vender o que produz ela encara a Ceasa como sua segunda casa. E sente-se muito feliz.
— Às vezes não dá para conversar com os amigos porque estou atendendo clientes, mas quando tenho uma folga gosto de ouvir e aprender novas formas de cultivo para melhorar minha produção. Fiz muitas amizades aqui — acrescentou.
No módulo E-25, Marlene expõe seu mix de hortifrútis: nêspera (ameixa amarela), laranjinha da Índia, uva, nabo, quiabo, tomate cereja, ervilha torta, pepino japonês, pimenta, rabanete, espinafre. Vende cerca de 800 bandejas de legumes por semana. Com o fechamento dos restaurantes durante a pandemia, ela incrementou seu negócio: passou a vender couve verde e couve chinesa para escoar a produção dessa hortaliça. São verduras vistosas e bem apresentadas como todos os outros alimentos expostos ali.
