Em 2020, R$ 1,7 bilhão em negócios

Valor e oferta de 634 mil toneladas de produtos estabeleceram novo recorde na movimentação comercial do maior entreposto de hortifrutigranjeiros do Estado.

Apesar da crise gerada pelas restrições impostas pelo coronavírus, valor e volume de hortifrútis comercializados por produtores e atacadistas em 2020, primeiro ano da pandemia, foram os maiores desde a inauguração da Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa) em 1974 — empresa de economia mista vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.

Segundo o setor de análises e informações da Gerência Técnica, a venda de frutas, legumes e verduras alcançou a marca histórica de

R$ 1.757.801.298,44, valor equivalente aos 634.002.770,9 de quilos de hortifrutigranjeiros negociados no período. Os dois números representam crescimento de 13,2% e 4,4%, respectivamente, em relação a 2019. Na comparação com o triênio 2017-2018-2019, o aumento foi de 27,7%, em valores, e de 3,1%, em volumes.

Agricultura não parou e consumo aumentou

O presidente Ailton dos Santos Machado aponta três razões principais para o crescimento do valor obtido e do volume ofertado ao consumidor pelos permissionários. Obrigada a ficar em casa por causa da pandemia, a população passou a consumir mais serviços e produtos, sobretudo de alimentação, que também foram adquiridos por desempregados beneficiados pelo auxílio financeiro concedido pelo governo federal.

Segundo Ailton, o medo da Covid-19 também causou aumento da procura por alimentos conhecidos por fortalecer a imunidade, como alho e cebola, frutas cítricas, entre outros.

A terceira e última razão para o salto na venda e no consumo é que a agricultura não parou. Apesar das dificuldades e incertezas geradas pela doença, produtores seguiram plantando e colhendo para atender a demanda crescente por frutas, legumes e verduras que chegam diariamente à mesa do trabalhador.

Pavilhões abertos para escoar a produção

Por exercer atividade essencial para o abastecimento da população no Estado, a Ceasa foi fundamental nesse processo. Adotou os protocolos de saúde e outras medidas de prevenção para manter seus pavilhões abertos a fim de escoar a produção da safra gaúcha, de outros estados e países.

A estatística, que geralmente é anunciada no mês de março, este ano teve de ser adiada por motivos alheios à nossa vontade. Além da saída de alguns servidores, a pandemia causou afastamento de funcionários do grupo de risco, impactando diretamente no desenvolvimento de tarefas e atividades rotineiras da Gerência Técnica.

PROCEDÊNCIAS DO ABASTECIMENTO

A Ceasa é abastecida por 232 municípios gaúchos

Desse total, 99 enviam hortifrútis diretamente para o Pavilhão dos Produtores

Também recebe produtos de 570 municípios de 21 estados brasileiros (AL, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, PA, PB, PI, PR, RJ, RN, SC, SE, SP e TO).

E de oito países (Argentina, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, Itália, Nova Zelândia e Uruguai).

A EVOLUÇÃO

Ano        –     Valor comercializado          – Oferta de produtos

2020     –       R$ 1,7 bilhão                       –  634 mil toneladas

2019     –       R$ 1,5 bilhão                        – 607,5 mil toneladas

2018     –       R$ 1,2 bilhão                        – 611 mil toneladas

2017     –       R$ 1,3 bilhão                        – 626 mil toneladas